quarta-feira, 27 de novembro de 2019

JERÔNINO VINGT ROSADO MAIA



Nasceu no dia 13 de janeiro de 1918 em Mossoró, centro econômico e político do interior do estado do Rio Grande do Norte.[ Filho de Isaura Rosado Maia e Jerônimo Rosado, foi casado com Maria Lurdes Bernardete da Escócia Rosado e teve três filhos, entre os quais uma era adotiva.
Ingressou na política em 1948, quando assumiu o cargo de vereador da cidade em que nasceu. Em 1953, deixou a Câmara Municipal para assumir a prefeitura de Mossoró, função que exerceu até outubro de 1958, ano em que foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Norte. Tomando posse em fevereiro de 1959, tornou-se o primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa de seu estado.
Em outubro 1962 foi eleito deputado federal, cargo que assumiu em fevereiro e permaneceu até 1991, sendo reeleito sete vezes. Nesse período, foi membro de comissões e deputado federal da constituinte, de 1986 a 1988.
VIDA PESSOAL
Jerônimo Vingt Rosado Maia nasceu no dia 13 de janeiro de 1918 em Mossoró, Rio Grande do Norte. Filho de Isaura Rosado Maia e Jerônimo Rosado, teve influência familiar para entrar na política, já que seus irmãos - Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, governador do Rio Grande do Norte no ano de 1951, e Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia, deputado federal de 1951 a 1959 e senador de 1959 a 1967, ambos pelo Rio Grande do Norte - fizeram carreira no setor.
Para a sua formação, fez diversos cursos e atuou em diferentes áreas. Entre eles, o de farmácia, de oficial da reserva do Exército, no Corpo de Saúde e também de comércio. Foi proprietário agrícola, pecuarista e industrial, também tendo exercido as funções de  farmacêutico, assim como seu pai, e contador

FAMÍLIA ROSADO NO PODER EXECUTIVO
A família Rosado dominou grande parte do poder executivo até o ano de 1948. Como uma estratégia de revezamento, apostaram na construção de um imaginário local, ou seja, na criação de uma imagem de progresso para a região. Tal imagem foi impulsionada pela criação e participação em diversas instituições intelectuais, que demarcavam o surgimento de uma elite cultural no estado. Consequentemente, nascia a visão dos políticos profissionais, aptos para o governo.
A partir da eleição de Dix-Sept Rosado para prefeito, observa-se a permanência do cargo entre membros da família ou entre seus apoiadores.
A tese de Renato Amado Peixoto (2010) reforça a visão. Peixoto demonstra como na primeira década do século XX e última década do século XIX, o Estado do Rio Grande do Norte organizou seus arranjos políticos por meio de arranjos familiares que produziram, de diversas maneiras, identidades distintas.
A história da família começa com a chegada do Paraibano Jerônimo Rosado, o patriarca, a Mossoró, em 1890, aceitando o convide do amigo, Francisco Pinheiro de Almeida Castro, para inaugurar uma nova farmácia na cidade.
Farmacêutico, formou-se no Rio de Janeiro e teve seus estudos financiados por nomes da política do estado, o que revela sua conexão com personalidades.
O Patriarca Rosado construiu sua carreira até assumir a liderança do Partido Liberal. Apoiou a carreira política de Almeida Castro e era tido como um homem de prestígio social.
A força da família no comércio, nas relações políticas e na indústria - que os deu grande poderio econômico, proveniente das indústrias extrativistas de sal e gipsita - consolidou seu poder político. Sua condição econômica foi essencial para construir sua imagem como um político preparado.
Mas esse desejo de construir estrategicamente uma imagem pública de prestígio não é exclusivo da família Rosado, pode ser observado em grande parte de nomes políticos atuais.
Um instrumento pelo qual, não só o fundador, mas toda a família, ganhou prestígio vocacional, construindo uma nova percepção de Mossoró, que consolidava sua identidade como "O país de Mossoró",[ foi a editora Coleção Mossoroense, criada por Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, em 1949, para levantar pesquisas à cerca da cidade e do estado do Rio Grande do Norte, desvendando suas causas problemáticas, agricultura e pecuária.[
VEREADOR, PREFEITO E DEPUTADO
Eleito vereador de Mossoró em 1948, ficou no cargo até 1953, quando deixou a Câmara Municipal ao ganhar o pleito para a prefeitura local. Em 1958, saiu da função para se tornar deputado estadual pelo Rio Grande do Norte. Na legenda da Frente Popular Democrática, coligação composta pela União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Republicano (PR), tornou-se o primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa. Conhecido no Estado, elegeu-se deputado federal em 1962 pela legenda Aliança Democrática Trabalhista, coligação composta pelo Partido Social Trabalhista (PST) e UDN, tomando posse em fevereiro do próximo ano.
Com o fim dos partidos políticos devido ao Ato Institucional nº 2 e o consequente bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o regime militar. Por essa legenda foi reeleito deputado federal em 1966, 1970 e 1974. Nesses doze anos, fez parte das comissões de Orçamento, Comunicações, de Energia, de Minas, Coordenador de Estudos do Nordeste, além das de Saúde, de Segurança Nacional e de Transportes. Também foi vice-presidente das comissões de Ciência e Tecnologia e Trabalho e Legislação Social.
Reeleito pela quarta vez em 1978, seguiu na vice-presidência da comissão de Ciência e Tecnologia e foi membro da Comissão do Interior. Quatro anos depois tomou posse como deputado federal pela quinta vez, agora pelo Partido Democrático Social (PDS), já que o bipartidarismo havia terminado. Ainda na Comissão do Interior nessa legislatura, faltou na votação da emenda Dante de Oliveira, que propunha a volta das eleições diretas para Presidente da República, em novembro de 1984. A emenda não foi aprovada e, com isso, votou em Paulo Maluf, candidato do regime militar, para o cargo máximo do executivo em 1985. No entanto, Tancredo Neves, da oposição, foi eleito. Neves, contudo, adoeceu e faleceu antes de assumir a função
DEPUTADO CONSTITUINTE
Na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), foi eleito deputado constituinte em 1986, tomando posse na Assembleia Nacional Constituinte em fevereiro do ano seguinte. Durante o mandato, foi titular da Subcomissão do Menor e do Idoso e das comissões da Família, Educação, Cultura e Esportes, Ciência e Tecnologia e Comunicação, além de substituto das comissões de Direitos Políticos, Direitos Coletivos e Garantias, Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher.
Nas principais votações da Assembléia Nacional Constituinte, foi contra a jornada de trabalho semanal de 40 horas, o turno sem intervalos de seis horas, a estatização do setor financeiro, a pena de morte, a apropriação da propriedade produtiva pelo Estado, a diminuição do direito à propriedade privada, a limitação para a obrigatoriedade dos pagamentos da dívida externa e legalização do jogo do bicho. Em contrapartida, foi à favor do fim das relações com países que apoiavam a discriminação racial, da proteção aos trabalhadores mediante a despedida sem justa causa, do teto de 12% para os juros, do fim do comércio de sangue, da extensão do mandato de José Sarney para cinco anos e da anistia aos empresários de pequeno porte.
Em outubro 1988, deixou a Assembléia Nacional Constituinte, já que a Constituição havia sido promulgado. Na Câmara dos Deputados deu continuidade as suas atividades até 1991, quando deixou o cargo sem tentar reeleição. Conhecido como o cacique do Oeste Potiguar, por causa da sua liderança na região, Vingt Rosado faleceu em dois de fevereiro de 1995
RESULTADO
1962 - UDN
Eleição
Partido
Votos na eleição
Votos em Mossoró
1962
UDN
24.527
9.679
1966
ARENA
29.490
Dados indisponíveis
1970
ARENA
40.009
16.469
1974
ARENA
49.737
14.091
1978
ARENA
44.743
17.360
1982
PDS
43.421
17.482
VIKIPÉDIA
Casou-se no dia 21 de setembro de 1946, com Maria Lourdes Bernadeth da Escossia Rosado, nascida em Mossoró-RN, no dia 17 de abril de 1927, filha de Augusto Escossia Nogueira e Maria Alaide da Escossia. Do matrimônio nasceram os seguintes filhos:
1 – JERÔNIMO AUGUSTO DA ESCOSSIA ROSADO (18-07-1947 – 31-12-1947)
2 – CID AUGUSTO DA ESCOSSIA ROSADO (31-07-1949 – 04-04-1957)
3 – SANDRA MARIA DA ESCÓSSIA ROSADO (23—05-1951)
2 – CAIO CÉSAR DA ESCÓSSIA ROSADO, adotivo(10-04-1958)
 Nos primeiros anos de vida, já era levado pelo pai às jazidas de gipsita em São Sebastião, atual Governador Dix-sept Rosado em carro de boi. Assistia à preparação de remédios na Fharmácia Rosado, à criação de gado e ao cultivo agrícola no sítio Canto. Quando, em 1922, Jerônino Rosado foi nomeado coletor de rendas federais, Vingt o seguia no local de trabalho, ao lado do irmão caçula Vingt-un, estudava silenciosamente
É patrono da cadeira nº 14 da Academia de Ciências Jurídicas Sociais de Mossoró, que tem como acadêmico LAIRE ROSADO FILHO

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