Nasceu no dia 13 de janeiro de 1918 em Mossoró, centro econômico
e político do interior do estado do Rio Grande do Norte.[ Filho
de Isaura Rosado Maia e Jerônimo Rosado, foi casado com Maria Lurdes Bernardete
da Escócia Rosado e teve três filhos, entre os quais uma era adotiva.
Ingressou na política em 1948, quando assumiu o cargo
de vereador da cidade em que nasceu. Em 1953, deixou a Câmara
Municipal para assumir a prefeitura de Mossoró, função que exerceu até
outubro de 1958, ano em que foi eleito deputado estadual pelo Rio
Grande do Norte. Tomando posse em fevereiro de 1959, tornou-se o primeiro
vice-presidente da Assembleia Legislativa de seu estado.
Em outubro 1962 foi eleito deputado federal, cargo que
assumiu em fevereiro e permaneceu até 1991, sendo reeleito sete vezes. Nesse
período, foi membro de comissões e deputado federal da constituinte, de 1986 a
1988.
VIDA PESSOAL
Jerônimo Vingt Rosado Maia nasceu no dia 13 de janeiro de 1918
em Mossoró, Rio Grande do Norte. Filho de Isaura Rosado Maia e
Jerônimo Rosado, teve influência familiar para entrar na política, já que seus
irmãos - Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, governador do Rio Grande do Norte
no ano de 1951, e Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia, deputado federal de 1951
a 1959 e senador de 1959 a 1967, ambos pelo Rio Grande do Norte - fizeram
carreira no setor.
Para a sua formação, fez diversos cursos e atuou em diferentes
áreas. Entre eles, o de farmácia, de oficial da reserva do Exército, no Corpo
de Saúde e também de comércio. Foi proprietário agrícola, pecuarista e
industrial, também tendo exercido as funções de farmacêutico, assim como
seu pai, e contador
FAMÍLIA ROSADO NO PODER EXECUTIVO
A família Rosado dominou grande parte do poder executivo até o
ano de 1948. Como uma estratégia de revezamento, apostaram na construção de um imaginário
local, ou seja, na criação de uma imagem de progresso para a região. Tal
imagem foi impulsionada pela criação e participação em diversas instituições
intelectuais, que demarcavam o surgimento de uma elite cultural no estado.
Consequentemente, nascia a visão dos políticos profissionais, aptos para o
governo.
A partir da eleição de Dix-Sept Rosado para prefeito, observa-se
a permanência do cargo entre membros da família ou entre seus apoiadores.
A tese de Renato Amado Peixoto (2010) reforça a visão. Peixoto
demonstra como na primeira década do século XX e última década do século XIX, o
Estado do Rio Grande do Norte organizou seus arranjos políticos por meio de
arranjos familiares que produziram, de diversas maneiras, identidades
distintas.
A história da família começa com a chegada do Paraibano Jerônimo
Rosado, o patriarca, a Mossoró, em 1890, aceitando o convide do amigo,
Francisco Pinheiro de Almeida Castro, para inaugurar uma nova farmácia na
cidade.
Farmacêutico, formou-se no Rio de Janeiro e teve seus estudos
financiados por nomes da política do estado, o que revela sua conexão com
personalidades.
O Patriarca Rosado construiu sua carreira até assumir a
liderança do Partido Liberal. Apoiou a carreira política de Almeida Castro e
era tido como um homem de prestígio social.
A força da família no comércio, nas relações políticas e na
indústria - que os deu grande poderio econômico, proveniente das indústrias
extrativistas de sal e gipsita - consolidou seu poder político. Sua condição
econômica foi essencial para construir sua imagem como um político preparado.
Mas esse desejo de construir estrategicamente uma imagem pública
de prestígio não é exclusivo da família Rosado, pode ser observado em grande
parte de nomes políticos atuais.
Um instrumento pelo qual, não só o fundador, mas toda a família,
ganhou prestígio vocacional, construindo uma nova percepção de Mossoró, que
consolidava sua identidade como "O país de Mossoró",[ foi
a editora Coleção Mossoroense, criada por Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, em 1949,
para levantar pesquisas à cerca da cidade e do estado do Rio Grande do Norte,
desvendando suas causas problemáticas, agricultura e pecuária.[
VEREADOR, PREFEITO E DEPUTADO
Eleito vereador de Mossoró em 1948, ficou no cargo até 1953,
quando deixou a Câmara Municipal ao ganhar o pleito para a prefeitura local. Em
1958, saiu da função para se tornar deputado estadual pelo Rio Grande do Norte.
Na legenda da Frente Popular Democrática, coligação composta pela União
Democrática Nacional (UDN) e o Partido Republicano (PR), tornou-se o
primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa. Conhecido no Estado,
elegeu-se deputado federal em 1962 pela legenda Aliança Democrática Trabalhista,
coligação composta pelo Partido Social Trabalhista (PST) e UDN, tomando posse
em fevereiro do próximo ano.
Com o fim dos partidos políticos devido ao Ato
Institucional nº 2 e o consequente bipartidarismo, filiou-se
à Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o regime
militar. Por essa legenda foi reeleito deputado federal em 1966, 1970 e 1974.
Nesses doze anos, fez parte das comissões de Orçamento, Comunicações, de
Energia, de Minas, Coordenador de Estudos do Nordeste, além das de Saúde, de
Segurança Nacional e de Transportes. Também foi vice-presidente das comissões
de Ciência e Tecnologia e Trabalho e Legislação Social.
Reeleito pela quarta vez em 1978, seguiu na vice-presidência da
comissão de Ciência e Tecnologia e foi membro da Comissão do Interior. Quatro
anos depois tomou posse como deputado federal pela quinta vez, agora pelo
Partido Democrático Social (PDS), já que o bipartidarismo havia terminado.
Ainda na Comissão do Interior nessa legislatura, faltou na votação
da emenda Dante de Oliveira, que propunha a volta das eleições diretas
para Presidente da República, em novembro de 1984. A emenda não foi
aprovada e, com isso, votou em Paulo Maluf, candidato do regime militar,
para o cargo máximo do executivo em 1985. No entanto, Tancredo Neves, da
oposição, foi eleito. Neves, contudo, adoeceu e faleceu antes de assumir a
função
DEPUTADO CONSTITUINTE
Na legenda do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), foi eleito deputado constituinte em 1986, tomando
posse na Assembleia Nacional Constituinte em fevereiro do ano
seguinte. Durante o mandato, foi titular da Subcomissão do Menor e do Idoso e
das comissões da Família, Educação, Cultura e Esportes, Ciência e Tecnologia e
Comunicação, além de substituto das comissões de Direitos Políticos, Direitos
Coletivos e Garantias, Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do
Homem e da Mulher.
Nas principais votações da Assembléia Nacional Constituinte, foi
contra a jornada de trabalho semanal de 40 horas, o turno sem intervalos de
seis horas, a estatização do setor financeiro, a pena de morte, a apropriação
da propriedade produtiva pelo Estado, a diminuição do direito à propriedade
privada, a limitação para a obrigatoriedade dos pagamentos da dívida externa e
legalização do jogo do bicho. Em contrapartida, foi à favor do fim das relações
com países que apoiavam a discriminação racial, da proteção aos trabalhadores
mediante a despedida sem justa causa, do teto de 12% para os juros, do fim do
comércio de sangue, da extensão do mandato de José Sarney para cinco anos e da
anistia aos empresários de pequeno porte.
Em outubro 1988, deixou a Assembléia Nacional Constituinte, já
que a Constituição havia sido promulgado. Na Câmara dos Deputados deu
continuidade as suas atividades até 1991, quando deixou o cargo sem tentar
reeleição. Conhecido como o cacique do Oeste Potiguar, por causa da sua
liderança na região, Vingt Rosado faleceu em dois de fevereiro de 1995
RESULTADO
1962 - UDN
Eleição
|
Partido
|
Votos na eleição
|
Votos em Mossoró
|
1962
|
UDN
|
24.527
|
9.679
|
1966
|
ARENA
|
29.490
|
Dados
indisponíveis
|
1970
|
ARENA
|
40.009
|
16.469
|
1974
|
ARENA
|
49.737
|
14.091
|
1978
|
ARENA
|
44.743
|
17.360
|
1982
|
PDS
|
43.421
|
17.482
|
VIKIPÉDIA
Casou-se no dia 21 de setembro de 1946, com Maria Lourdes
Bernadeth da Escossia Rosado, nascida em Mossoró-RN, no dia 17 de abril de
1927, filha de Augusto Escossia Nogueira e Maria Alaide da Escossia. Do
matrimônio nasceram os seguintes filhos:
1 – JERÔNIMO AUGUSTO DA ESCOSSIA ROSADO (18-07-1947 –
31-12-1947)
2 – CID AUGUSTO DA ESCOSSIA ROSADO (31-07-1949 – 04-04-1957)
3 – SANDRA MARIA DA ESCÓSSIA ROSADO (23—05-1951)
2 – CAIO CÉSAR DA ESCÓSSIA ROSADO, adotivo(10-04-1958)
Nos primeiros anos de vida, já era levado pelo
pai às jazidas de gipsita em São Sebastião, atual Governador Dix-sept Rosado em
carro de boi. Assistia à preparação de remédios na Fharmácia Rosado, à criação
de gado e ao cultivo agrícola no sítio Canto. Quando, em 1922, Jerônino Rosado
foi nomeado coletor de rendas federais, Vingt o seguia no local de trabalho, ao
lado do irmão caçula Vingt-un, estudava silenciosamente
É patrono da cadeira nº 14 da Academia de Ciências Jurídicas Sociais de Mossoró, que tem como acadêmico LAIRE ROSADO FILHO